Vídeos documentários “grito dos excluídos” como prática de comunicação popular: Uma reflexão sobre a obra fílmica engajada popular
Palabras clave:
Cultura popular, documentários, comunicação audiovisual, vídeo popular, movimentos sociais, excluídos sociais, filmografia popular, estética popularResumen
Este trabalho analisa os vídeos documentários Grito dos Excluídos, produzidos pela Associação Rede Rua (1995-2010) e sustenta que esse conjunto compõe o que caracterizamos como obra fílmica engajada popular. São, sobretudo dois aspectos peculiares que no levam a essa afirmação: o primeiro deles diz respeito ao modo e às circunstâncias específicas de como foram realizados estes documentários. Fica evidente a relação de engajamento dos produtores com a realidade refigurada, materializada – os vídeos, cujo objetivo é demonstrar um quadro de exclusão social com vistas à sua superação. O segundo aspecto é complementar ao primeiro: a mensagem é construída na perspectiva dos que vivem aquela realidade; ela é formulada e apresentada do ponto de vista dos próprios participantes dos movimentos sociais populares.
Esses dois aspectos oferecem contornos especiais às dimensões política e estética que estão arraigadas na experiência cotidiana e que revelam o ser e o existir no tempo e no espaço – o mundo simbólico desses movimentos, construído sob uma prática discursiva ostensiva de caráter coletivo, apoiada na pessoa de um nós. Assim, esta obra fílmica engajada popular, por um lado, tem por objetivo comunicar situações de exclusão social, a negação de direitos e, por outro lado, busca afirmar a participação cidadã nos espaços públicos dentro de uma perspectiva políticoideológica que reforça a inclusão de todos na riqueza cultural e natural do país.
Além disso, essa obra caracteriza-se por revelar uma estética centrada na cotidianidade das lutas populares, e cria mimese que visa influir positivamente na construção de um mundo comum capaz de acolher a todos nelesem distinções de qualquer ordem.
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