Vídeos documentários “grito dos excluídos” como prática de comunicação popular: Uma reflexão sobre a obra fílmica engajada popular

Autores/as

  • Argemiro Ferreira de Almeida

Palabras clave:

Cultura popular, documentários, comunicação audiovisual, vídeo popular, movimentos sociais, excluídos sociais, filmografia popular, estética popular

Resumen

Este trabalho analisa os vídeos documentários Grito dos Excluídos, produzidos pela Associação Rede Rua (1995-2010) e sustenta que esse conjunto compõe o que caracterizamos como obra fílmica engajada popular. São, sobretudo dois aspectos peculiares que no levam a essa afirmação: o primeiro deles diz respeito ao modo e às circunstâncias específicas de como foram realizados estes documentários. Fica evidente a relação de engajamento dos produtores com a realidade refigurada, materializada – os vídeos, cujo objetivo é demonstrar um quadro de exclusão social com vistas à sua superação. O segundo aspecto é complementar ao primeiro: a mensagem é construída na perspectiva dos que vivem aquela realidade; ela é formulada e apresentada do ponto de vista dos próprios participantes dos movimentos sociais populares.

Esses dois aspectos oferecem contornos especiais às dimensões política e estética que estão arraigadas na experiência cotidiana e que revelam o ser e o existir no tempo e no espaço – o mundo simbólico desses movimentos, construído sob uma prática discursiva ostensiva de caráter coletivo, apoiada na pessoa de um nós. Assim, esta obra fílmica engajada popular, por um lado, tem por objetivo comunicar situações de exclusão social, a negação de direitos e, por outro lado, busca afirmar a participação cidadã nos espaços públicos dentro de uma perspectiva políticoideológica que reforça a inclusão de todos na riqueza cultural e natural do país.

Além disso, essa obra caracteriza-se por revelar uma estética centrada na cotidianidade das lutas populares, e cria mimese que visa influir positivamente na construção de um mundo comum capaz de acolher a todos nelesem distinções de qualquer ordem.

Métricas de artículo

 Resumen: 221  PDF: 94 

Citas

LEFORT, Claude. Pensando o político: ensaios sobre democracia, revolução e liberdade. Tradução Eliane M. Souza. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. 331.p

LEMOS, Andre. Cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2002. 320.p

LUCÁKS, Georg. Estética: La peculiaridad de lo estético. Vol.4. Trad. SACRISTÁN, Manuel. Barcelona: Ariel. 1967.589p

______ Introdução a uma estética marxista. 2ªed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978 (tradução de Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder)

METZ, Christian. A significação do cinema. 2ª. Ed. São Paulo /SP: Perspectiva, 1977

MIGLIORIN, Cezar. O dispositivo como estratégia narrativa. In. LEMOS, André; BERGER, Christa e BARBOSA, Marialva. Narrativas midiáticas contemporâneas. Porto Alegre:

PERUZZO, Cicília M. Krohling. Comunicação nos movimentos populares: A participação na construção da cidadania. 4ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. 343p. RAMOS, Fernão Pessoa. O que é documentário? In. Estudos de Cinema SOCINE 2000. (orgs.)

RAMOS, Fernão Pessoa, etl.. Porto Alegre: Editora Sulina, 2001, 352.p

WANDERLEY, Luiz Eduardo W. Movimentos sociais populares: aspectos econômicos sociais e políticos. In: BERNARDO, Terezinha, RESENDE, Paulo-Edgar Almeida (org). Ciências sociais na atualidade. São Paulo: Paulus, 2005, 343.p

Descargas

Publicado

2016-08-25

Cómo citar

Ferreira de Almeida, A. (2016). Vídeos documentários “grito dos excluídos” como prática de comunicação popular: Uma reflexão sobre a obra fílmica engajada popular. Luciérnaga Comunicación, 5(9), 47–56. Recuperado a partir de https://revistas.elpoli.edu.co/index.php/luc/article/view/751

Número

Sección

Artículos